sexta-feira, 23 de abril de 2010

Poema do Rio Tejo


O Tejo, de Santarém para cima é um fio de água a desenhar na areia ilhotas várias de um recorte caprichoso
O pobre rio!
Só quem o vê em Abrantes, quase de todo seco, e o encontra depois, já em Espanha, apenas humedecendo o leito, é quer pode fazer ideia de dos esforços titânicos que o desgraçado faz para chegar lá de tão longe, do vale de Albarracin, até Lisboa, e ser ali um amplo porto, banhando a raiva das marés, na exageração patriótica de Herculano.



Brito Camacho


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