sexta-feira, 23 de abril de 2010

           Mancha de combustível no Rio Tejo


"Uma descarga acidental de óleo proveniente de uma central térmica espanhola originou uma mancha de crude que está a alastrar no rio Tejo".

    Uma descarga acidental de 250 mil litros de óleo originou uma mancha de combustível que está a alastrar no rio Tejo, estendendo-se por uma dezena de quilómetros em direcção à vila espanhola de Toledo, património mundial.

    O óleo provém da central térmica de Aceca, situada em Villaseca, a 17 quilómetros da capital da região Castilha-La Mancha, no entanto, as causas do acidente ainda não foram explicadas. As autoridades espanholas estão a tentar recuperar o crude, e o Ministério do Ambiente espanhol já informou que, embora a mancha avance de forma lenta, esperam detê-la perto da central hidroeléctrica de Higares, pelo que não deverá entrar em Portugal.

      Medidas de Preservação da Água


       As medidas de preservação para combater a poluição da água, provocada por uma gestão por vezes inexistente ou ineficiente deste recurso precioso, devem passar não só por medidas curativas, mas também, e cada vez mais, por medidas preventivas que permitam, por um lado, diminuir a carga poluente produzida e, por outro, reduzir substancialmente os custos de um posterior tratamento para os fins pretendidos.

- As medidas preventivas passam pela adopção de tecnologias pouco poluentes, pela vigilância do rio, pelo controlo e por campanhas de informação e sensibilização da população, que conduzam a uma mudança de atitudes e de comportamentos perante os problemas do Ambiente.
- As medidas curativas incluem o tratamento de águas residuais domésticas e industriais e a correcta gestão dos resíduos sólidos.

                                                     Preserve este bem valioso!

Principais Barragens


Barragem de Fratel


   A Barragem de Fratel está localizada no distrito de Portalegre, no limite com o distrito de Castelo Branco, na bacia hidrográfica do Rio Tejo em Portugal. A construção foi finalizada em 1973. Possui uma altura de 43 m acima do terreno natural e uma cota de coroamento de 87 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 130 MW. A albufeira da barragem submergiu uma boa parte dos núcleos de gravuras rupestres do Tejo e um troço do antigo muro de sirga do Tejo.


Barragem de Belver

    A Barragem de Belver está localizada no distrito de Portalegre, na bacia hidrográfica do Tejo em Portugal. A construção foi finalizada em 1952.
     Possui uma altura de 30 m acima do terreno natural e um comprimento de coroamento de 327,5 m. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 80,7 MW.
Nesta barragem podemos fazer vários tipos de actividades como: actividades Desportivas e de Lazer Permitidas: Barcos a motor, Ski, Pesca, Natação, Barcos à vela, Windsurf, Mergulho, Jet Ski / Mota de água. As Espécies Piscícolas: Achigã, Barbo, Carpa, Sável e Lampreia.
    A barragem de Belver possui, para a prática das actividades desportivas, de um cais, fundeadouros e de guincho.

            Importância sócio-economica

     O meio mais utilizado e importante, em tempos anteriores, era o meio marítimo pois existia fácil acesso de navegabilidade.
     Neste rio podemos encontrar reservas naturais, barragens, eventos, tradições das populações que o rodeiam. As margens deste rio são de grande importância para grandes cidades como Lisboa sendo assim um elemento estruturante e decisivo.
     Em termos económicos é importante pois este detêm uma grande riqueza hídrica que tem aproveitamento em diversas áreas, como: a produção de energia, o uso doméstico, a agro-pecuária, a indústria, o turismo e as pescas.

                     História do Rio Tejo

     O Rio Tejo assumiu um grande papel durante o período Filipino (1580-1640), um papel de primeira, nas relações políticas entre Portugal e Espanha.
    Da foz do Tejo partiram as naus e as caravelas dos descobrimentos portugueses. Algumas das regiões que se desenvolveram nas margens foram Vila Franca, Carregado, Santarém, Azambuja.
       A onda que assolou Portugal no dia do terramoto de 1755 subiu o rio e inundou Lisboa e outras localidades na margem.
      O vale do Tejo é periodicamente afectado pelas cheias, que apesar de ser no coração do Ribatejo, é também causador de grandes prejuízos, mas também tem vantagens, como a deposição de aluviões e a fertilização do solo na lezíria ribatejana.
     Actualmente Lisboa está ligada à margem Sul, travessia do rio Tejo, por duas pontes. A mais antiga é a Ponte 25 de Abril (inaugurada em 1966, então Ponte Salazar), uma das maiores pontes suspensas da Europa, e que liga a capital de Portugal a Almada. A outra é a Ponte Vasco da Gama, de cerca de 17 km de comprimento. Foi inaugurada em 1998 e liga Lisboa (Sacavém) a Alcochete e Montijo. O local mais largo deste rio chama-se Mar da Palha e fica entre a Lisboa, Vila Franca de Xira e Benavente.


Fig2- Ponte Vasco da Gama

Poema do Rio Tejo


O Tejo, de Santarém para cima é um fio de água a desenhar na areia ilhotas várias de um recorte caprichoso
O pobre rio!
Só quem o vê em Abrantes, quase de todo seco, e o encontra depois, já em Espanha, apenas humedecendo o leito, é quer pode fazer ideia de dos esforços titânicos que o desgraçado faz para chegar lá de tão longe, do vale de Albarracin, até Lisboa, e ser ali um amplo porto, banhando a raiva das marés, na exageração patriótica de Herculano.



Brito Camacho


Cheias no Rio Tejo, no Pombalinho
    
       O vale do Tejo é periodicamente afectado pelas cheias do rio, que apesar de ser o coração do Ribatejo, é também causador de grandes prejuízos. Uma das localidades que costuma também ser afectada, é o Pombalinho, no concelho de Santarém.
       Terra ligada às cheias do Tejo, fica situada na margem direita do rio Tejo, sendo normalmente atingida pelas suas aguas, quando por acção de fortes chuvadas em Invernos muito rigorosos, transborda do seu leito, e alaga as áreas adjacentes.Os seus habitantes sempre encararam com relativa serenidade estas visitas que o maior rio da Península Ibérica, periodicamente, fazia nestas zonas baixas do Ribatejo! No entanto, anos houve em que inundações de níveis considerados anormais, causaram muita preocupação entre a população e tiveram consequências devastadoras em estruturas habitacionais e redes viárias.


Medidas de Preservação das espécies

    Existem muitas espécies em perigo pois são aquelas cujo número de indivíduos é muito reduzido com iminente perigo de desaparecerem se não forem protegidas. Há muitos anos que o homem tem provocado a extinção de milhões de espécies diferentes.


    O desaparecimento das espécies ocorre devido a interesses económicos, à poluição que destrói habitats e ainda ao crescimento da população. O seu processo de extinção pode-se considerar como um passo para a evolução, visto que a eliminação das espécies antigas deixa lugar as espécies novas.


     Por isso, é urgente preservar as espécies. No caso do rio Tejo, devemos combater contra a poluição, criar mais reservas perto das margens do rio, maior vigilação……




Bilhete de Identidade do Rio Tejo


Nascente: Serra de Albarracin (Espanha);

Foz:15km de Lisboa;
Comprimento: 875 km (225km em território português e 650km em território espanhol);
Área da Bacia Hidrográfica: 80149km2 (24380 km2 em Portugal);
Principais Afluentes: Erges, Ponsul, Ocreza, Zêzere, Almonda, Alviela, Trancão, Sever, Nisa, Torto, Alpiarça, Muge, Sorraia, Montijo e Coina;
Navegabilidade: 50km (Valada);
Caudal médio anual: na estação mais próxima da foz 315,22 m3/s;
Principais barragens: Fratel e Belver;
Inclinação média: 0,0456%.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

As vozes do rio....

     Um rio sacralizado, com Tágides surpreendendo as suas águas, com o seu chamamento atraindo gente ao seu brilho, teria de ter voz quase desde o principio dos tempos. E quem lha surpreendeu na ância de superação e no seu desconforto fortam os poemas. Nem só de esforço épico viveu o rio, nem só de lembrança longe. Vivem também de vozes de derrota de gesta, de partida dolorosa para lá do mar, e de regresso do largo para depois sentir a exiguidade da terra.

Estuário deste Imponente Rio

      O Tejo desagua no oceano Atlântico através de um imponente estuário, onde existe uma reserva natural que abrange cerca de 14 560 ha, contando com as águas, sapais, mouchões,
salinas e os terrenos da margem direita. Reveste-se de considerável importância internacional por oferecer condições excepcionais como habitat natural de acolhimento e/ou permanência para determinado tipo de aves migratórias, como as aves marinhas do Norte da Europa e sedentárias que ali vivem permanentemente. Por vezes, durante o Inverno, o número de aves que aqui podemos encontrar chega a atingir as 70 000, uma vez que muitas são as que vêm dos países nórdicos.

Espécies existentes da Flora


Perto do Rio Tejo podemos encontrar vários tipos de flora característica. Entre elas:

     O choupo que é uma árvore da família Salicaceae, as suas folhas são alternadas e caducas e, nalgumas espécies tornam-se amarelas antes de cairem. As raízes muitas vezes dão origem a novas árvores e, por essa razão, os choupos podem sobreviver a incêndios intensos.



     O freixo (Fraxinus excelsior) é uma árvore da família das Oleáceas, da mesma família que a oliveira. É uma árvore de solos frescos e profundos, de porte médio, que pode atingir cerca de 25 metros de altura. A casca tem vincos profundos, verticais e é castanha escura acinzentada. As folhas são verdes. As flores, que não têm cálice são em cachos, pendentes, e surgem antes do aparecimento das folhas. Estas As folhas podem ser utilizadas em forma de chá, com muito bom gosto e diurético.

A oliveira é conhecida cientificamente como Olea europaea L., família Oleaceae. São árvores baixas de tronco retorcido nativas da parte oriental do Mar Mediterrâneo. Os seus frutos, as azeitonas, erão utilizadas pelos homens no final do período neolítico, que aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado combustível ou na alimentação, e por todas as suas utilizações, tornou-se uma árvore cortejada por diversos povos.

O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma espécie de pinheiro, que vem da região da Europa e Mediterrâneo. É uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros. A copa das árvores jovens é piramidal, e nas adultas é arredondada. O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada e profundamente cortada. A sub-espécie mediterrânica tende a possuir casca mais espessa, que pode ocupar mais de metade da secção do tronco. As suas folhas são folhas persistentes, em forma de agulhas agrupadas aos pares, com 10 a 25 centímetros de comprimento. Tem uma ramificação densa, os ramos quando são jovens são muito espaçados e amplos.

O Salgueiro é o nome comum das plantas do Género Salix, família Salicaceae. O nome de Salix parece proceder do celta e quereria dizer: próximo da água. É um género com centenas de espécies distribuídas em climas temperados e frios. Inclui plantas de porte muito diverso desde arbustos e pequenas plantas rastejantes, até árvores de porte considerável. Nos parques e jardins é muito comum o salgueiro chorão (Salix x chrysocoma, Dode), árvore de ramos longos e pendentes que é um híbrido do salgueiro branco (Salix alba, L.).

Entre outras como: sobreiros, azinheiras, oliveiras, pinheiros bravos e eucaliptos, enquanto que junto ao solo fl orescem estevas, giestas, rosmaninho, zimbro, medronheiros, urze e alecrim. Nas margens do Tejo abundam o junco, o salgueiro, o choupo e o freixo.

     Fauna existente no Rio Tejo


       Nos finais do século passado, para além das espécies próprias do seu estuário, ainda havia certa abundância de barbo, corvina, robalo, linguado, fataça ou muge ou tainha, boga, sável, lampreia, saboga e enguia, evidência que é confirmada por estudos realizados por essa altura, isto é, no último quartel do século XIX.

      O Rio Tejo apresenta inúmeras espécies em termos de fauna. Onde podemos encontrar:

     O Achigã cujo o nome científico é Micropterus Salmoides e a família é Centrarchidae este peixe é um dos grandes e combativos predadores de água doce e muito apreciado na alimentação humana, é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX, sendo hoje uma das principais espécies existentes em quase todos os países e que desperta a paixão de milhões de pescadores em todo o mundo.

     A enguia cujo o nome científico é Anguilla Anguilla e a família é Anguillidae esta é uma espécie marinha com uma fascinante história migratória e com um ciclo de vida em água doce e outro no mar. Possui um corpo muito alongado e cilíndrico, com aparência serpentiforme, de dorso esverdeado e ventre claro, com escamas minúsculas e ovais e uma barbatana dorsal que se une à caudal e anal e com as peitorais curtas. Apresenta um focinho pequeno e cónico com 2 pares de narinas e de boca larga onde a maxila inferior ultrapassa a superior, ambas com pequenos dentes muito fortes e aguçados.

O Barbo é uma espécie autóctone da Península Ibérica, sendo um dos principais peixes em Portugal e um dos mais excitantes para a pesca desportiva. Esta espécie apresenta variações no nosso país, dando origem às designações de Barbo do Norte, com o nome científico Barbus Bocagei, a norte do Rio Tejo, o Barbo Steindachneri que habita em grandes populações nas bacias hidrográficas do Tejo e Guadiana, e ainda, mas em reduzido número, os de nome Barbo de Cabeça Pequena (Barbus Microcephalus) e Barbo do Sul (Barbus Sclateri) nas restantes regiões situadas no sul de Portugal.

A Boga, cujo o seu nome científico é Chondrostoma Polylepis e a família é Cyprinidae, possui um corpo fusiforme e alongado, com um focinho proeminente, a boca inferior e sem barbilhos, e um lábio inferior com uma placa de bordo cortante para raspar as algas e invertebrados aderentes à gravilha dos fundos. As barbatanas têm uma coloração avermelhada.

A carpa é uma espécie muito corajosa e combativa, com um pujante corpo alongado, coberto de escamas grandes, tem a cabeça massiva e de forma triangular com uma boca terminal proeminente e com dois barbilhos, um de cada lado da boca, a barbatana dorsal é longa e com raios, sendo o primeiro mais forte e dentilhado. Apresenta um dorso castanho esverdeado, com flancos dourados e o seu ventre tem uma coloração amarelada.


 Entre outras como:

 - Ganso-Bravo; Morraça; Maçarico-real; Guincho; Piadeira; Dourada; Peixe-Rei; Biqueirão; Valverde-Dos-Sapais; Pilrito-Comum; Raia; Caniço; Rouxinol-Pequeno-dos-Caniços; Gramata-Branca; Gaivota-d’Asa-Escura; Garça-Real; Robalo; Enguia; Tainha; Solha; Marinho-De-Faces-Brancas; Pato-Trombeteiro; Garça-Branca; Faneca; Águia-Pesqueira, etc….

     De todo o tipo de espécies destacamos três espécies de aves: o perna-longa (Himantopus himantopus), cuja população nidificante portuguesa deverá constituir cerca de 10%da população nidificante em toda a Europa ocidental ; o borrelho-de-coleira-interrompida (Chadedrius alexandrius) e a andorinha-do-mar-anâ (Sterna albifrous) . Estas espécies para além de possuírem características únicas, são classificadas internacionalmente como espécies protegidas e escolhem como local para nidificar , zonas húmidas nas proximidades da ponte Vasco da Gama.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

                   Tromba de Água no Rio Tejo

"Chegou-se a suspeitar que era um mini-tornado"

      Aquilo que inicialmente se supunha ser um mini-tornado no Rio Tejo foi, segundo esclareceu o Instituto de Meteorologia, uma tromba de água, que chegou a causarestragos, nomeadamente nas zonas de Santa Apolónia, em Lisboa.O alerta foi dado às 17 horas desta terça-feira.

     Segundo informou a SIC, os Bombeiros Sapadores de Lisboa confirmaram cinco ocorrências nas Olaias, sendo o Bairro Belo Horizonte a zona mais afectada. Cinco prédios ficaram parcialmente sem telhas devido a ventos muito fortes.No local estão quatro viaturas e 16 bombeiros, bem como a Protecção Civil e a Polícia Municipal.
     
     Os tornados e as trombas de água são fenómenos aparentemente idênticos mas que diferem pelo local onde se formam. O tornado é formado em terra e registado pelas estações meteorológicas, as trombas de água são formadas no mar.