quinta-feira, 22 de abril de 2010

     Fauna existente no Rio Tejo


       Nos finais do século passado, para além das espécies próprias do seu estuário, ainda havia certa abundância de barbo, corvina, robalo, linguado, fataça ou muge ou tainha, boga, sável, lampreia, saboga e enguia, evidência que é confirmada por estudos realizados por essa altura, isto é, no último quartel do século XIX.

      O Rio Tejo apresenta inúmeras espécies em termos de fauna. Onde podemos encontrar:

     O Achigã cujo o nome científico é Micropterus Salmoides e a família é Centrarchidae este peixe é um dos grandes e combativos predadores de água doce e muito apreciado na alimentação humana, é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX, sendo hoje uma das principais espécies existentes em quase todos os países e que desperta a paixão de milhões de pescadores em todo o mundo.

     A enguia cujo o nome científico é Anguilla Anguilla e a família é Anguillidae esta é uma espécie marinha com uma fascinante história migratória e com um ciclo de vida em água doce e outro no mar. Possui um corpo muito alongado e cilíndrico, com aparência serpentiforme, de dorso esverdeado e ventre claro, com escamas minúsculas e ovais e uma barbatana dorsal que se une à caudal e anal e com as peitorais curtas. Apresenta um focinho pequeno e cónico com 2 pares de narinas e de boca larga onde a maxila inferior ultrapassa a superior, ambas com pequenos dentes muito fortes e aguçados.

O Barbo é uma espécie autóctone da Península Ibérica, sendo um dos principais peixes em Portugal e um dos mais excitantes para a pesca desportiva. Esta espécie apresenta variações no nosso país, dando origem às designações de Barbo do Norte, com o nome científico Barbus Bocagei, a norte do Rio Tejo, o Barbo Steindachneri que habita em grandes populações nas bacias hidrográficas do Tejo e Guadiana, e ainda, mas em reduzido número, os de nome Barbo de Cabeça Pequena (Barbus Microcephalus) e Barbo do Sul (Barbus Sclateri) nas restantes regiões situadas no sul de Portugal.

A Boga, cujo o seu nome científico é Chondrostoma Polylepis e a família é Cyprinidae, possui um corpo fusiforme e alongado, com um focinho proeminente, a boca inferior e sem barbilhos, e um lábio inferior com uma placa de bordo cortante para raspar as algas e invertebrados aderentes à gravilha dos fundos. As barbatanas têm uma coloração avermelhada.

A carpa é uma espécie muito corajosa e combativa, com um pujante corpo alongado, coberto de escamas grandes, tem a cabeça massiva e de forma triangular com uma boca terminal proeminente e com dois barbilhos, um de cada lado da boca, a barbatana dorsal é longa e com raios, sendo o primeiro mais forte e dentilhado. Apresenta um dorso castanho esverdeado, com flancos dourados e o seu ventre tem uma coloração amarelada.


 Entre outras como:

 - Ganso-Bravo; Morraça; Maçarico-real; Guincho; Piadeira; Dourada; Peixe-Rei; Biqueirão; Valverde-Dos-Sapais; Pilrito-Comum; Raia; Caniço; Rouxinol-Pequeno-dos-Caniços; Gramata-Branca; Gaivota-d’Asa-Escura; Garça-Real; Robalo; Enguia; Tainha; Solha; Marinho-De-Faces-Brancas; Pato-Trombeteiro; Garça-Branca; Faneca; Águia-Pesqueira, etc….

     De todo o tipo de espécies destacamos três espécies de aves: o perna-longa (Himantopus himantopus), cuja população nidificante portuguesa deverá constituir cerca de 10%da população nidificante em toda a Europa ocidental ; o borrelho-de-coleira-interrompida (Chadedrius alexandrius) e a andorinha-do-mar-anâ (Sterna albifrous) . Estas espécies para além de possuírem características únicas, são classificadas internacionalmente como espécies protegidas e escolhem como local para nidificar , zonas húmidas nas proximidades da ponte Vasco da Gama.

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